domingo, 26 de dezembro de 2010

Me dei conta de que minha vida voltou a andar mais devagar. Num ritmo parecido de quando eu era criança. É como se eu não precisasse masi correr atrás de nada. Nem do que ainda não possuo. Parece que o fato de já ter 30 me desonera de ter que ser intensa.
Não preciso mais expremer a noite até a última gota só pra completar a farra. Nem pular o carnaval todos os dias para ter pulado o carnaval. Nem de tomar a última gota de cerveja para completar a cachaça. Nem o beijo precisa ser extrapolado para ser completo. Nem preciso da companhia de to-dos os meus amigos para ser amiga deles. Às vezes só um bom sono me basta. Como está me bastando agora essa rede gostosa. Parece que é só um pedacinho de paz. E agora, neste exato momento, este pedacinho é suficiente.

sábado, 25 de dezembro de 2010

Natal

Estou aqui sozinha no meu quarto, totalmente aconchegada em mim. É neste momento que percebi de como gosto do natal. Gosto da comemoração. Gosto da simbologia e dessa celebração meio analfabeta do amor. Acho que por que basta sentir.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

"O coração quer o que quer. Nos força a agir quando a razão diz o contrário. Destrói paredes, viola as fronteiras, e para melhor ou para pior, nos leva a lugares que a cabeça jamais iria."

terça-feira, 12 de outubro de 2010

FIM DE CICLO

Dia 11/10/2009, eu estava na casa da minha tia, bebendo, dando risada, falando da minha família e em paz. Lá pelo meio da tarde, resolvi ligar para o meu pai, só para saber se ele estava bem. Estava. Lembro perfeitamente de ter perguntado, no final da conversa, se estava tudo bem com ele. E ele disse que estava. Respondeu feliz. Estava mesmo. Respondi "Que bom, Pai. Então graças a Deus." (agradeci internamente a Deus mais uma vez e deliguei o telefone). Era sempre assim que acontecia. Desliguei aliviada mais uma vez, por ter feito tudo ao meu alcance para ele e minha mãe ficassem bem. Foi a última vez que nos falamos. No dia seguinte, eu lstava sonhando com ele, quando o telefone tocou 5:30 da manhã. Atendi e descobri que meu pai tinha morrido. Chorei um pouquinho. Mas foi só de medo. Medo, nem sei de quê. Pronto. A partir daí foi no automático.
No início, fiquei rodando feito uma barata tonta na casa do meu namorado (que meu pai não viu se tornar meu marido), tentando me vestir, correndo. Lembro que ele me segurou um pouco. Acho que foi providencial, por que, então, meu corpo tomou o compasso certo e eu comecei a fazer as coisas ordenadamente. Providenciamos a viajem, quem iria, quem ficaria com minha mãe e em quanto tempo chegaria ao ferry. Tudo isso em menos de dez minutos. Deu tempo de passar mensagem para alguns amigos providenciais. Não houve uma necessidade emocional na hora. Só uma logística que eu segui impuslivamente. Chegamos no Ferry. Minha irmã chorava sem parar. Como é que ela conseguia isso? Minha tia perguntou seu eu não queria comer. Comer o que? Depois me perguntou como é que eu estava. Eu respondi, perguntando como é que se fica quando um pai morre. Minha pergunta não era agressiva. Era verdadeira. Eu, simplesmente não sabia como me portar. A vida inteira eu imaginei que no dia que isso acontecesse, eu ficaria apática chorando sem parar (igual a minha irmã). Tudo diferente. Eu estava lá, naquele ferry, resolvendo as coisas por telefone e indo enterrar meu pai. Era só isso que eu pensava. Agora estou indo enterrar meu pai. E assim foi até chegar lá. Não era para eu estar chorando muito?
No ano passado, neste exato momento, eu estava chegando na casa do meu pai. Lembro da sensação esquisita de sentir todo mundo nos esperando chegar. Desci do carro e vi todos emudecerem, olhando para mim e para minha irmã. Só foi essa a sensação. Sinceramente, eu não estava sentindo muita coisa. Subimos as escadas, entramos no quarto e vimos o que tinha que ser visto. Meu pai deitado na cama, gelado e morto. Chorei um pouquinho, só para cumprir a tabela do meu incosciente. Saí do quarto, sentei no sofá com minha dinda eu com o melhor amigo dele, respirei e comecei a tomar todas as decisões.
A partir daí foi um festival de decisões. Leva para o IML ou não leva? Enterra que horas? Qual vai ser o caixão? Tomei to-das as decisões. Escolhi o caixão do meu pai e, de certa forma, me orgulho disso. É meio bizarro, mas é o que eu sinto.
O velório e o enterro forma lindos. Primeiro que a casa da minha avó é a mais linda da cidade. Meu pai estava sorrindo dentro do caixão. Impressionante. Ele tinha um sorriso nos lábios. Parecia que estava sonhando. Todo mundo notou. Foi tudo calmo. As pessoas não se desesperaram. Eu lembro de duas amigas minhas chegando e de que a partir dali , eu consegui fazer piadas e comentar o evento. Uma outra amiga, que não estava no velório e que não sabia de nada, me ligou convidando para uma cerveinha. Eu fiz uma piada da situação com ela. Meses depois eu soube que ela ficou péssima naquele dia. Mas eu conseguia rir. No final, as beatas da igreja entoaram um cântico simples e bonito. Até eu falei, emocionada. Achei bonito. Juro. A casa estava cheia de gente. Teve uma coisa bem bonita, digna de ser relatada. Alguém me perguntou se não era melhor levar o corpo num carrinho até cemitério. O melhor amigo dele foi quem tomou a decisão. Disse que o costume da cidade era que se carregasse o caixão. Fiquei observando. Ele foi primeiro a segurar a alça. Até o cemittério, todos os amigos homens revezaram o caminho, carregando caixão. Lindo. Ritual bonito. Vi um velhinho fazendo questão de segurar a alça. Quando fomos acompanhar o cortejo, uma prima distribui uma rosa para mim e outra para minha irmã. Eu subi chorando. Foi a segunda vez que eu chorei de verdade. Quando terminou o enterro, lembro de me tocar que era o finalzinho da tarde e que tinha terminado. Tinha acabado o ritual. Eu tinha enterrado o meu pai. Fui dormir numa pousada. Meu corpo doía da cabeça aos pés de cansaço. Nunca tinha sentido um cansaço daquele. Foi assim que meu pai morreu. Num dia bonito, num ritual simples, sem nada muito lúdico. Hoje faz um ano que isso aconteceu.
Sempre que me separo se alguém importante, projeto minha mente para cumprir etapas. 24 horas sem a pessoa é o primeiro ciclo. Depois, a primeira semana. Depois, o primeiro mês. Depois a primeira estação do ano, e por fim ,o primeiro ano. Se consigo passar por isso, sem ceder, é por que venci a dor.
Com meu pai, passei por todas as provas tirando nota máxima. Tomei todas as decisões corretas e sensatas. Lembro que no dia seguinte, entrei na casa dele com seu melhor amigo. Entramos, sentamos na mesa da cozinha e fizemos todas as contas que deveriam ser feitas Distrinchei documento, por documento e fiz um plano de quitação. Ali, sentada na cozinha da casa do meu pai, com flores de velório ainda espalhadas pelo chão. Teve um momento que eu e o amigo dele paramos repentinamente, nos olhamos e nos perguntamos como estávamos conseguindo fazer aquilo. Nos olhamos de novo, respiramos e continuamos.
Fiz tudo certo durante esse ano. Venci iociclo do meu pai. E agora?
Agora é só um vazio na minha frente. Um vazio cotidiano. Um vazio que não me dá, nem me tira forças. Não perco a fome nem o sono, nem os horários. Sequer perco a cosciência deque daqui a pouco tenho uma lista de obrigações contidianas para cumprir. Não tem nada de lúdico. É só minha vida continuando sem ele. Sem a pessoa com quem tive a relação mais saudável durante meus trinta anos.
Não tem nada de bonito nisso. Lúdico era quando ele estava aqui comigo e me bastava ser filha.



segunda-feira, 11 de outubro de 2010

"Você tenta evoluir ou tenta descobrir quem é?"
"Você tenta evoluir, ou tenta descobrir quem é?"

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

"Eu acho que vou morreeeeeeeeeeeer!!!!"

http://www.youtube.com/watch?v=HK4p35wYgXI&feature=player_embedded#at=90

terça-feira, 13 de julho de 2010

Coisa nova.

Pela primeira vez, tive uma doencinha besta no meu novo lar. Fiquei na cama por mais ou menos 12 horas.
Acabei de me levantar definitivamente e tive a infeliz descoberta de que quando a casa é sua e você adoece, ela adoece junto com você.
A casa está meio suja, bagunçada e preguiçosa, assim como eu, neste exato momento.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Acabei de chegar à certeza de que não possuo idade mental para morar sozinha.
Se durante as 12 horas do dia em que tenho a casa só para mim, estou me sentindo um pássaro liberto e aprontando misérias na rotina, imagine durante um ano!
Obs: Computador na cama, com a televisão ligada ao mesmo tempo é tuuuuudo de bom!

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Brincadeira difícil da porra! Depois das 14:00, perdi completamente a compostura.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Maluquice

Resolvi jogar comigo.
As regras são as seguintes:
1 - Não emito nenhuma opnião sobre nada do que não me for perguntado. E se perguntado, emitirei a mínima das mínimas opniões;
2 - Não esponho nehuma façanha, nehum fracasso, nehuma qualidade e nenhum defeito meu a ninguém.
3 - Expor diariamente a minha impressão aqui.
Objetivo: Ver o que sobra.

domingo, 4 de julho de 2010

Típica tarde de domingo de uma típica dona de casa.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Agora já me sinto uma mocinha: Já sei fazer saladas bonitinhas e gostosas!

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Fiz uma sopa. Sopa é a coisa mais fácil do mundo de fazer. Você pega todos os ingredientes, bate no liquidificador, depois coloca para ferver e pronto. Pelo menos é a forma que eu mais gosto de tomar. Ela fica com um gosto só. A minha sopa realmente ficou com um gosto só. Só de banana-da-terra. Cloquei demais.
Obs: Eu sou brasileira e não desisto nunca!

sábado, 22 de maio de 2010


Aula de campo:
1) "Preste ateção de como isso se chama: FA-ZEN-DA. Então...FAZENDA, só FAZENDO!"
2) Vou te dizer o que foi que aconteceu ali: Foram dois "Q's": "Qocaina" e "Qachaça".

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Momento divã:

Por que, MEU DEUS, que a ispiração só aparece quando eu já estou caindo de sono? Por que? Por que? Por que? Será uma pseudo-sabotagem?
O blip só reforça a minha impressão de que os meus amigos tem o gosto musical mais refinado do universo!

quarta-feira, 24 de março de 2010

Gincana dos horrores

A imagem que eu tenho, neste exato momento da minha vida, é a de uma absurda gincana. Preciso vencer diversas provinhas diárias para merecer chegar na reta final, quando, enfim, quase morta e desesperada, terei que vencer a última, máxima e sobrehumana prova para conseguir ganhar o prêmio final...aquele sonhado, invejado e almejado por todos.
Pensamento bizarro!
Obs1: Estou me sentindo tão esgotada, que até ter sono me deixa ansiosa.
Obs2: Rapaz, se o mundo acabar em 2012 e eu não tiver vencido esta gincana desgraçada, vou me retar!

domingo, 14 de março de 2010

zê-ba-da! E ainda sei soletrar!

quinta-feira, 4 de março de 2010

algumas palavrinhas para se pensar daqui a alguns dias

"(...) a felicidade real sempre parece bastante sórdidas em comparação às supercompensações de sofrimento. E por certo, a estabilidade não é, nem de longe, tão espetacular quanto à instabilidade. E o fato de estar satisfeito nada tem de fascinação de uma boa luta contra a desgraça, nada do pitoresco de um combate contra a tentação, ou de uma derrota fatal sob os golpes da paixão ou da dúvida. A felicidade nunca é grandiosa."

segunda-feira, 1 de março de 2010

Pedacinhos de felicidade

Na minha varanda tem beija-flor bebendo água, enquanto eu almoço!!!Meu bebedouro funciona!!!!!

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Lindezas jurídicas: "A realização concreta da pessoa humana não depende só do Direito. Depende muito mais da consolidação, nos corações e mentes, de uma ética altruísta, voltada para o outro." (Daniel Sarmento)

domingo, 24 de janeiro de 2010

domingo, 17 de janeiro de 2010

Das duas vezes que eu escrevi como foi:

1ª resposta:
"Tem tanta coisa linda na minha casa! Tanta coisa que eu quero mostrar a vocês! Cada coisa vai ser motivo para festas. É assim que eu estou agora...fazendo festa com tudo!
Estou exausta...
Ontem as pessoas ficavam me perguntando se eu não estava cansada, por que eu não relaxava e me divertia.
Acho que eu não estava nem um pouco relaxada...na verdade foi um dos dias mais ansiosos da minha vida...Naquela festa só tinha gente importante...só chamei as pessoas que eu quero que fiquem dentro a minha vida para sempre. Eu queria agradar todo mundo, dar atenção a todo mundo...Eu errei várias vezes, não integrei as pessoas direito, servi a comida tarde...deixei todo mundo com fome um tempão, mas fiz uma decoração linda, as lembrancinhas foram mimosas, a comida no fim estava gostosa, a sobremsa delicisoa, a ceveja não acabou, dancei bêbada até o fim e fui dormir feliz e apaixonada pela minha vida nova ao lado do meu (pausa para pigarro) MARIDO...ainda não me acostumei a chamá-lo assim...rs.
Adorei errar e acertar!
Que bom que você foi!
OBS: *Fulana*, minha filha, ter casa dá uma canseira triste! Como é que você fazia?"

2ª Resposta:

"Ah...estava nervosa como uma noiva...rs...
Foi bem bacana! Veio um monte de gente. A comida estava gostosa, a bebida sobrou, teve sonzinho no final e terminamos todos bêbados!
*Fulano*, pra variar foi o último a sair, tocou de noite de óculos escuros (artistas...).
A única coisa que eu acho que vou ter que melhorar da próxima vez é integrar melhor as pessoas. Todo mundo ficou bem confortável, mas não se misturaram muito. Podia ter tido mais interação. Enfim...adorei errar e acertar pela primeira vez.
A vida de casada é uma delícia! É uma aventura atrás da outra...hoje aprendi a lavar roupa na máquina...rs...A casa está uma bagunça! Contratei uma faxineira e estamos tentando congelar comida. Falta de tudo! Não tenho panela de pressão, chaleira, até ontem estávamos comendo em vasilhas plásticas. O micro-ondas está embalado no chão ainda, minhas roupas estão guardadas em sacos...banquinha para o telefone? Luxo! Nem cortina a gente tem! Mas, por incrível que pareça, está habitável! Acho que é isso!
Poxa...se eu soubesse que era tão bom casar, não tinha demorado tanto. Acho que quero ser casada para o resto da vida (espero que com ele). Essa história de ter meu cantinho é boa demais.
No mais, tô feliz e espero vocês aqui em casa para uma festinha!
Beijos em você, *fulana* e *beltraninha*!
Ah! Manda as fostos que tiramos juntos pra mim? "